Edição Especial 20 Anos da Filatelia77 – O Início

Comecei a colecionar selos no final da adolescência, sendo sempre um filatelista mediano, sem nada muito grandioso ou interessante. Somente Brasil e alguns poucos países. Até que, em 2000, adquiri uma grande coleção de um amigo. Aproximadamente vinte álbuns e quinze caixas de camisas repletas de selos.
Quando comecei a organiza-la, deparei-me com muitas peças repetidas e resolvi coloca-las à venda em sites de leilão, com o único objetivo de usar o dinheiro dessas vendas para comprar outros selos e materiais para a minha coleção.
As vendas foram aumentando, os clientes dos leilões comprando mais e mais e então animei-me a fazer desse comércio um bico, uma atividade extra, realizada à noite e nos finais de semana. Foi nesse momento que comecei a adquirir lotes e coleções exclusivamente para revender e, aos poucos, fui abandonando as minhas coleções, até chegar ao ponto de desmonta-las para vender.
Comemoro o aniversário da Filatelia77 no dia 11 de abril porque foi nessa data, em 2001, que realizei a primeira venda em site de leilão. Nascia ali a paixão pelo comércio filatélico.
Muitos me questionam porque “Filatelia77”, imaginando alguma influência numerológica. Nada disso. Explicação boba: usei o apelido “juliocesar7” nas vendas iniciais em sites de leilões. Somente porque “juliocesar” já era usado e precisava algum número na frente. Coloquei o “7” e assim foi. A implantação do site de comércio filatélico coincidiu com a criação da logomarca, feita por um amigo, surgindo a necessidade de um nome comercial. Não daria para ser “Filatélica Julio César” ou qualquer coisa assim, achei estranho. Eu e o amigo criador da logo ficamos pensando. Queimando os neurônios, o número sete não saía da cabeça. Fiquei repetindo-o várias vezes e gostei do som “sete sete” e pedi a ele que criasse algo com o nome “Filatelia77”, só porque gostei do som – explico aqui que não é setenta e sete, mas sim sete sete… rs
Quando esse amigo me apresentou a logomarca, simpatizei imediatamente e assim nasceram juntas a empresa com a logo.
Em meados de 2002, um ano e meio após a primeira venda, tomei uma decisão radical que iria mudar tudo: não aguentando mais o stress do meu emprego, chutei o pau da barraca. Pedi demissão, jogando para o alto treze anos de carreira estável numa empresa pública, a Caixa Federal, para dedicar-me exclusivamente ao comércio filatélico.
Muitas vezes me perguntaram, e eu também me questionei outras tantas, se não me arrependi. A resposta sempre foi não. Mesmo nos momentos mais difíceis, tive certeza de estar fazendo a coisa certa.